Angola: Interview with Sr. Silvio Pereira da Costa
Sr. Silvio Pereira da Costa
Administrador (Agência Funerária São João)
2011-02-24
O sector do serviços funerários em Angola cresceu muito nos últimos anos e tem um grande potencial, com sua grande experiência de diversos anos no sector, qual e a sua análise sobre a economia Angolana e o sector?
A economia Angolana está em expansão, como é conhecido de um modo geral no mundo. Já não é um embrião. Está em fase de crescimento, como tal, tudo cresce em proporção de desenvolvimento do próprio país.
Em relação ao ramo funerário, esta é uma área que cresce em sintonia com o próprio país. Isto deve-se essencialmente a um factor: tudo cresce em simultâneo inclusive as dificuldades, os problemas, as soluções para as mesmas. Aí, depende de cada um ultrapassá-las, ou pelo menos tentar minimizar ao máximo.
A agência funerária São João iniciou sua actividade há bastante tempo, prestando serviços no sector serviços funerários. Conte-nos sobre o histórico da empresa e que decisões estratégicas fizeram que o complexo chegasse onde está agora?
A agência funerária São João nasceu em 1999 e daí para cá tem sido um galopar de crescimento. Estando num país como Angola, é-nos exigido um compromisso para a população e para o Estado, compromisso esse que nos tem honrado muito representar.
É necessário ser sempre mais e melhor, para crescermos ao lado do País.
É assim que temos elevado o nosso nome e esperamos que assim continue.
Quais são os principais produtos e serviços oferecidos pela empresa?
A agência funerária São João está presente em tudo que é derivado do ramo fúnebre. Estamos prontos para qualquer situação. Desde urnas e posterior serviço fúnebre a funerais considerados de luxo, onde colocamos ao dispor do cliente outros carros e outros produtos de uma gama superior. Existimos por e para todas as classes, logo temos de corresponder ás suas necessidades. Cobrimos todo o país. Desde que sejamos solicitados, encontramos uma maneira de realizar o que nos é pedido.
Por vezes é necessário transportar corpos para fora ou dentro do País, ou até de uma Província para a outra. Estamos aqui para servir quem nos procura, é por aí que nos guiamos.
Para servir de referência para os nossos leitores, qual é o número de funcionários e facturação anual actuais?
Em questão de funcionários, estamos na ordem dos 20 permanentes em todo sector. Em geral, a facturação é de 54.000.000,00 kz.
Querem ser uma das mais respeitadas empresas do sector e líderes na prestação deste tipo de serviços. Qual é sua vantagem competitiva? Quais são suas maiores concorrentes?
Eu costumo dizer que a competição é boa, porque nos faz crescer. Mas neste caso, no tipo de serviço que presto e na qualidade que apresento e sem querer menosprezar os meus colegas de profissão, não penso ter concorrentes nesta área que estejam ao meu nível ou próximo dele. Talvez pela visão que obtenho da realidade que me circunda, talvez pela maturidade neste serviço que fui obtendo com o tempo…não sei, mas sinceramente é essa a minha opinião.
Qual é a sua estratégia de crescimento da empresa e quais São seus principais projectos para 2011- 2013?
Os nossos principais projectos vão sendo organizados mediante as nossas possibilidades económicas porque como é perceptível a todos, o mundo está todo em recessão e nós temos de acompanhar a economia mundial. Temos de ter uma certa contenção dos gastos porque sonhos altos todos temos, mas têm se ser realizados no momento certo. Por isso, vamos indo e vamos vendo como se diz em Português!
Na sua opinião, de que forma os investimentos estrangeiros são importantes para o desenvolvimento do País, inclusive para sua empresa?
No que diz respeito ao País, como é óbvio, é muito favorável que existam novas empresas com novas ideias e objectivos, isso faz-nos crescer a nível económico e social, na minha opinião.
Relativamente é minha empresa, é também fulcral, porque com o crescimento do país e a abertura de mentalidade que advém de investimentos estrangeiros, ajuda-me a mim também a ver novos horizontes, a explorar caminhos que outrora não havia conhecimento. Ainda que a minha área seja um pouco “limitadora” no que diz respeito a publicidade e a inovações em geral - pelo que é uma área delicada e que mexe de certa forma com a intimidade das pessoas - há sempre algo a aprender, algo a explorar e novas empresas é igual a novas ideias e novas ideias é igual a novas oportunidades. Tudo isto só pode trazer crescimento!
O senhor poderia comentar a respeito do seu histórico pessoal e profissional até à posição de administrador, e qual foi o maior desafio que enfrentou?
O maior desafio de todos os dias, desde o início é a relação com as pessoas, neste caso dos clientes que nos procuram. O povo Angolano tem hábitos e costumes muito próprios. É um pouco complexo, porque a sua cultura não vê a morte como uma coisa natural, e assim sendo, torna-se difícil às vezes chegar ás pessoas e conseguir criar um bom ambiente. No entanto, com o passar dos anos vou-me adaptando cada vez mais a isso e tenho vindo a entender e a respeitar cada vez mais. E ainda bem que assim é.
Qual seria a sua mensagem final para os nossos leitores, que são empresários e potenciais investidores em Angola, e que lerão sobre a sua empresa na revista US News e no nosso website?
Para aqueles que sonham em vir para cá e tentar algo novo na sua carreira, que venham de espírito e mente abertos; que façam por inovar e trazer algo que não exista ou que esteja pouco explorado neste País. Aqui tudo se consegue, há quem chame a Angola a terra das oportunidades, mas nada é feito sem suor, sem abdicar, sem lutar.
Se houver vontade e querer tudo se consegue; é esta a minha visão e o que eu aconselho a potenciais investidores neste País.